A PONTE DO PASSO DO ACAMPAMENTO NO PIRATINI
(PONTE DO IMPÉRIO)

Como melhoramento digno de registro, por sua repercussão provincial e internacional, cite-se a inauguração, no térmico da Guerra do Paraguai, da ponte do Passo do Acampamento no rio Piratini pelo governo imperial. (61)
Em 1861 o vereador pelotense, Domingos José de Almeida, em sua quinta e última legislatura e ex-ministro da Fazenda da República Rio-Grandense e seu cérebro (62), propunha a construção da ponte naquele local e justificava, em ampla memória, a razão da escolha. Nesta época segundo ele, a construção da ponte referida fora prometida pelo Barão de Mauá. Domingos José de Almeida, em 7 Mai 1861, reconheceu o local com o engenheiro Mr. Buck, fazendo-se acompanhar por representante de Canguçu – o capitão Ezequiel Marcelino Vieira (63).
O Passo do Acampamento possui este nome desde o tempo das guerras contra os espanhóis 1763-77. Ali acampou Rafael Pinto Bandeira com seus cavalarianos ligeiros, para previnir um ataque de Rio Grande, ou infiltração adversária por aquela direção. Mapa da damarcação do Tratado de Santo Ildefonso o assinala (63)(64).


Segundo anotação feita em 1933, pelo prefeito Conrado Ernani Bento, em foto da ponte tirada por Jùlio G. de Mattos, ela foi contratada pelo Vice-Presidente da Província, Dr. Joaquim Vieira da Cunha, em 1868 e construída de 1869-70 por Hygino Correia Durão. Foi orçada em 360 contos de réis.